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As Dez Pragas do Egito

Os Egípcios, cujas vidas foram salvas por José, agora escravizam seus descendentes e irmãos, o povo de Israel.

José foi o maior benfeitor que os Egípcios tiveram, ele elaborou e pôs em prática o plano que os manteve vivos durante os sete anos em que houve grande fome na terra.

Mas um novo Faraó surgiu, que não conhecia a José, ou mesmo, não lhe interessava saber de sua história, do grande livramento que Deus havia providenciado por meio dele.

E se os Egípcios haviam esquecido, Deus, ao contrário, se lembrava de Sua promessa que havia feito aos Patriarcas:

“E também tenho ouvido o gemido dos filhos de Israel, aos quais os egípcios fazem servir, e lembrei-me da minha aliança.” Êxodo 6:5

Em resposta à veemente recusa de Faraó em permitir que os Israelitas deixassem o Egito, Deus envia uma série de pragas devastadoras, as Dez Pragas do Egito, que caem do céu como uma chuva de aflições sobre Faraó e os Egípcios, uma visão simbólica do julgamento e derrota dos vários deuses adorados no Egito.

E porque as dez pragas do Egito foram necessárias? Deus poderia ter derrotado os Faraó e os Egípcios de uma só vez, ou com uma única praga que causasse um dano e aflição que levaria à libertação dos filhos de Israel, de forma rápida.

Porém, uma leitura mais apurada do texto nos revela padrões que começam a emergir de cada uma das pragas do Egito. Quais seriam as significâncias que esses padrões querem nos ensinar?

A Primeira Praga do Egito

“E Moisés e Arão fizeram assim como o Senhor tinha mandado; e Arão levantou a vara, e feriu as águas que estavam no rio, diante dos olhos de Faraó, e diante dos olhos de seus servos; e todas as águas do rio se tornaram em sangue,” Êxodo 7:20

pragas

O suprimento de água de um país exerce grande influência em sua população. E as águas do rio Nilo eram adoradas como se tendo o poder de conceder poderes místicos aqueles que dela bebiam. Além disso, o Nilo era considerado a representação do poder de Faraó.

Suas águas eram o quartel-general, o epicentro das atividades dos rituais pagãos. Era de particular interesse que a primeira praga fosse anunciada no Nilo, suas águas foram transformadas em sangue.

A primeira praga começou pelo sangue. As águas do Nilo tornaram-se em sangue por sete dias. A última praga também terminou com sangue nos umbrais das portas dos Hebreus. Sangue simboliza a redenção.

A redenção começou com o derramamento do sangue de um animal inocente, no Éden, para fazer vestimentas e cobrir a nudez do homem, cobrir o pecado. E a obra redenção terminou com sangue, o sangue de Jesus derramado na cruz, no calvário, para perdoar e redimir o homem da escravidão do pecado.

“Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado. João 8:34… Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” João 8:36

E sem poder utilizar as águas do rio Nilo para usá-la na fabricação de tijolos, esta praga, o sangue, trouxe parada nos trabalhos dos escravos Hebreus, fez cessar a dura servidão, trouxe descanso ao povo de Deus. Somente o sangue, o Sangue de Jesus pode nos fazer entrar neste descanso:

“Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus.” Hebreus 4:9

Todo aquele que cre no sangue de Jesus entra no repouso eterno do Senhor.

Deus também trazia punição por causa do sangue da morte dos bebês Israelitas, que foram lançados no Nilo, por ordem de Faraó, quando do nascimento de Moisés.

As Águas do Rio Nilo Se Transformam em Sangue.

A Segunda Praga: As Rãs

“E Arão estendeu a sua mão sobre as águas do Egito, e subiram rãs [צְפַרְדְּעִים tz’farde’im], e cobriram a terra do Egito.” Êxodo 8:6

Muito embora as nossas bíblias traduzam a palavra צְפַרְדְּעִים tz’farde’im como rãs, em hebraico, essa palavra é um termo genérico que inclui não apenas rãs, mas todos os tipos de animais que habitam em pântanos.

Assim, na segunda praga, Deus enviou rãs, animais do pântano, imundos. Deus permitiu que as “imundícias” dos Egípcios, a adoração a inúmeras divindades, a idolatria, se multiplicassem e recaíssem sobre eles, aos olhos de todo o povo. Deus estava revelando o quão profundamente eles estavam envolvidos com a idolatria:

“Mas nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser sabido.” Lucas 12:2

O Senhor mandava a mensagem de que a adoração dos deuses do Nilo e do Egito é imundícia, só produz imundícia espiritual. E as rãs, e os animais imundos do pântano morreram e grande foi o fedor da sua imundícia.

É assim que a adoração aos deuses desse século, chegam diante de Deus, gera morte espiritual e exalam o fedor da sua podridão. Bem diferente da adoração ao Verdadeiro e Único Deus, que chegam a Ele como um cheiro suave:

“Então por holocausto, em cheiro suave ao Senhor, oferecereis um novilho, um carneiro e sete cordeiros de um ano, sem defeito.” Números 29:2

A Praga dos Piolhos do Egito

“Disse mais o Senhor a Moisés: Dize a Arão: Estende a tua vara, e fere o pó [עָפָ֣ר afar] da terra, para que se torne em piolhos por toda a terra do Egito.” Êxodo 8:16

Os piolhos são insetos parasitas, que vivem “colados” nos corpos dos homens e dos animais. Eles picam, e causam feridas. Eles deixam ovos e se reproduzem, causam infecções e transmitem doenças. E o que eles fazem quando estão no corpo de suas vítimas? Eles sugam o sangue.

Aqui vemos que o tema relacionado ao sangue é proeminente na história do Êxodo. Deus manda que Arão ferisse o pó da terra, para que se tornasse em piolhos. O tema em que o pó da terra parece estar relacionado é ao próprio ser humano, em si mesmo, e a suas ações.

Visto que o homem foi formado do pó [עָפָ֣ר afar] da terra, e que foi ordenado à serpente, que ela “comeria o pó da terra”. A serpente representa o mal, satanás. E o pó da terra, representa o homem e suas más ações. São dessas más ações humanas que o mal se alimenta, e toma legalidade para atuar na vida de quem pratica o mal.

“Então o Senhor Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isto, maldita serás mais que toda a fera, e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás, e pó [עָפָ֣ר afar] comerás todos os dias da tua vida.” Gênesis 3:14

E aqui, no Êxodo, o pó da terra representa o comportamenteo pecaminoso dos Egípcios, que são transformados em insetos que sugam o sangue, e sem sangue não há vida, principalmente sem o sangue de Jesus. E veja que esses insetos deixam ovos e se reproduzem.

É bem assim o comportamento do mal e do pecado na vida do homem, o pecado se reproduz de forma a infestar o coração humano de maldade.

“Um abismo chama outro abismo, ao ruído das tuas catadupas; todas as tuas ondas e as tuas vagas têm passado sobre mim.” Salmos 42:7

Isto é o Dedo de Deus

“E os magos fizeram também assim com os seus encantamentos para produzir piolhos, mas não puderam; e havia piolhos nos homens e no gado.” Êxodo 8:18

“Então disseram os magos a Faraó: Isto é o dedo de Deus [אֶצְבְּעָן etzba אֱלֹהִ֖ים Elohyim].”Êxodo 8:19

A palavra אֶצְבַּע “etsba”, “dedo”, é muito rara no Antigo Testamento. Além de “dedo” ela também denota “retribuição” , e aparece novamente no livro de Daniel, no contexto em que o rei Belsazar havia usado os utensílios do Templo para beber vinho com mulheres e adorar ídolos em suas festas pagãs imorais.

Ao que imediatamente apareceu uns dedos de uma mão que fizeram inscrições que traziam juízo sobre Belsazar. Naquela mesma noite o rei da Babilônia morreu e o seu reino foi dividido.

“Na mesma hora apareceram uns dedos [אֶצְבְּעָן etsba] de mão de homem, e escreviam, defronte do castiçal, na caiadura da parede do palácio real; e o rei via a parte da mão que estava escrevendo.” Daniel 5:5

A palavra אֱלֹהִ֖ים Elohyim – um dos nomes de Deus – também está ligada ao termo “justiça”. Diz-se que Deus como YHWH “YAHVEH” é o Deus de misericórdia, mas quando aparece como Elohyim é o Deus de justiça. E aqui duas palavras usadas pelos mágicos de Faraó esclarecem bem o que estava ocorrendo.

Etzba Elohim – A retribuição da justiça divina caía sobre o Egito, e até os sábios de Faraó tiveram que reconhecer.

O Pó da Terra Se Transforma em Piolhos no Egito.

A Quarta Praga do Egito

“E o Senhor fez assim; e vieram grandes enxames de moscas [עָרוֹב arov] à casa de Faraó e às casas dos seus servos, e sobre toda a terra do Egito; a terra foi corrompida destes enxames.” Êxodo 8:24

A maioria das bíblias trazem a versão em que a palavra hebraica עָרוֹב Arov é traduzida como enxame de moscas. Entretanto esta palavra literalmente significa “uma mistura”. A maioria dos comentaristas, do Antigo Testamento, entendem עָרוֹב arov como sendo derivada do termo “mistura”.

Agora, o tipo de “mistura” é motivo de especulação. Alguns entendem Arov como uma mistura de animais selvagens, ao invés de enxame de moscas. E de onde vem esse entendimento? O Salmos 78:45 nos dá uma pista:

“Enviou entre eles enxames de moscas [עָרוֹב arov] que os consumiram [וַיֹּאכְלֵ֑ם vaiyochelem], e rãs que os destruíram.” Salmos 78:45

Arov, “mistura”, como informa o livro de Salmos, teria que ser algo que tinha o poder de devorá-los, pois a palavra usada para o termo “consumiram”, neste Salmo é וַיֹּאכְלֵ֑ם vaiyochelem, “devorar ou comer”, ou seja animais selvagens – como sugerem os comentaristas Judeus, Rabinos Yehudah, Rashi, ibn Ezra e Targum Yonatan.

Se seguirmos essa interpretação, veremos surgir no texto mais um juízo de Deus sobre os Egípcios e seus deuses.

Os Egípcios adoravam as formas e as forças da natureza, e seus deuses eram híbridos, metade humanos, metade animais (antropozoomorfismo) – como no caso de hórus (corpo de homem e cabeça de falcão) e anúbis (corpo de homem e cabeça de chacal).

Eles adoravam esses animais, e os representavam em suas pinturas e esculturas, como no caso da grande esfinge Egípcia – um leão com a cabeça de um homem. E a quarta praga seria assim uma punição pela adoração aos animais, enviados como um enxame entre eles.

Esta interpretação pode ser complementada no livro de Deuteronômio 32:24:

“Consumidos serão de fome, comidos pela febre ardente e de peste amarga; e contra eles enviarei dentes de feras, com ardente veneno de serpentes do pó.” Deuteronômio 32:24

A Praga da Pestilência Sobre os Animais do Egito

“Eis que a mão do Senhor será sobre teu gado, que está no campo, sobre os cavalos, sobre os jumentos, sobre os camelos, sobre os bois, e sobre as ovelhas, com pestilência gravíssima.” Êxodo 9:3

O culto os ídolos era de tal magnitude no Egito que eles adoravam os animais como deuses. Havia a deusa hathor, cuja representação era feita por meio da figura de uma vaca. Além do que, esses animais também representavam a força econômica do Egito. Com o envio da pestilência sobre o gado egípcio, Deus estava castigando a economia egípcia.

Mas para o gado dos filhos de Israel havia proteção, providenciada por Deus, que não abandona aqueles que o obedecem.

A Praga da Sarna e Úlceras do Egito

“E eles tomaram a cinza do forno, e puseram-se diante de Faraó, e Moisés a espalhou para o céu; e tornou-se em sarna, que arrebentava em úlceras nos homens e no gado;” Êxodo 9:10

É uma praga que parece ilustrar a forma progressiva com que o pecado se manifesta na vida do homem. Começa como uma sarna, uma coceira que vai se agravando. Aí o indivíduo, na fase da negação da doença (algo que a própria medicina descreve), tenta iludir a si mesmo, “é só uma coceirinha…”.

Ele acha que está no controle da situação, e não reconhecendo que o pecado é algo que não se controla, que é totalmente o contrário, como afirmou Jesus “Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado” João 8:34, permite que a enfermidade se agrave.

E ela vai ferindo os tecidos do corpo com vermelhidão, inchaço, e bolhas que logo se arrebentam e se tornam em úlceras.

E quando o indivíduo percebe seu estado final, vê que lembra muito ao de um leproso. E a Bíblia faz muitas comparações entre a lepra e o pecado. Muitos estão como os Egípcios, que possuíam status, poder, riquezas, e sem Deus, vão gradualmente se enchendo de úlceras, de dor causadas pelo pecado.

Como a riqueza e o poder parecem bons aos nossos olhos, assim é o pecado. É atraente, mas pode ter consequências doloridas, pode deixar feridas, úlceras no corpo e ainda úlceras que são mais difíceis de se tratar, pois são feridas que muitas vezes se dão ao nível da alma.

A Praga da Saraiva e Fogo no Egito

“E Moisés estendeu a sua vara para o céu, e o Senhor deu trovões e saraiva [בָּרָ֖ד barad “granizo”], e fogo corria pela terra; e o Senhor fez chover saraiva sobre a terra do Egito.” Êxodo 9:23

A chuva era quase que desconhecida dos Egípcios. E eles eram fascinados por trovões e raios, considerando que essas forças da natureza constituíam deuses poderosos. Os Egípcios também adoravam ao fogo, a quem chamavam de Hephaistos, considerando que era também uma poderosa deidade.

A sua religião cultuava a água e o fogo. Essas conexões esclarecem o entendimento da sétima praga. Deus vem provar que esses elementos são meras forças da natureza, e que Ele o Senhor é o único Deus e que tem todo poder e controle sobre elas.

Interessante constatar que a palavra “saraiva” vem do termo בָּרָ֖ד barad em hebraico, que quer dizer “granizo”. São dois elementos antagônicos gelo e fogo que vem sobre o Egito de forma miraculosa, causando morte e destruição.

“E a saraiva feriu, em toda a terra do Egito, tudo quanto havia no campo, desde os homens até aos animais; também a saraiva feriu toda a erva do campo, e quebrou todas as árvores do campo.” Êxodo 9:25

Deus demonstrava a sua soberania sobre a natureza, sobre a terra e sobre os homens. Ele é o YAHWE. Ele tem o poder de destruir, e tem o poder de preservar. Se o ser humano pecar e ignorar a Sua palavra, Deus pode trazer julgamento sobre ele. Mas, se temermos e obedecermos a Sua palavra, nós seremos poupados.

Gelo e Fogo Caem Sobre o Egito nas Dez Pragas.

A Praga dos Gafanhotos

“Porque se ainda recusares deixar ir o meu povo, eis que trarei amanhã gafanhotos aos teus termos.

E cobrirão a face da terra, de modo que não se poderá ver a terra; e eles comerão o restante que escapou, o que vos ficou da saraiva; também comerão toda a árvore que vos cresce no campo;” Êxodo 10:4-5

O que a saraiva de granizo e fogo não destruiu o gafanhoto comeu. E os adoradores de nepri – o deus dos grãos, e de ermutet – a deusa das sementes, assistiram a devastação sem nada poderem fazer. Nenhum dos seus deuses vieram socorrê-los, e se mostraram totalmente sem valor.

O juízo divino cada vez mais se intensificava. Deus vinha já enviando estas mensagens a Faraó, que fingia ter se arrependido, achava que estava enganado a Moisés e ao próprio Deus. Mal sabia ele que ninguém pode enganar ao Senhor. O homem é quem se engana a si mesmo.

O gafanhoto é também conhecido como “devorador”, e fala a permissão divina para que o mal devaste a vida dos soberbos de coração. A praga do gafanhoto é uma conclamação à humildade, ao arrependimento, à mudança de pensamento e de prática de vida, assim como o profeta Joel declarou:

“O que ficou da lagarta, o gafanhoto o comeu, e o que ficou do gafanhoto, a locusta o comeu, e o que ficou da locusta, o pulgão o comeu.” Joel 1:4

Mas o mesmo profeta diz que o Senhor tem o poder e quer repreender o “devorador”, bastando que o homem se arrependa de todo o seu coração:

“Ainda assim, agora mesmo diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto.

E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal.” Joel 2:12-13

Era isso que Deus esperava que Faraó fizesse.

A Nona Praga: Densas Trevas

Então disse o Senhor a Moisés: Estende a tua mão para o céu, e virão trevas sobre a terra do Egito, trevas [חֹֽשֶׁךְ׃ choshek] que se apalpem [וְיָמֵ֖שׁ vayamesh].

“E Moisés estendeu a sua mão para o céu, e houve trevas espessas em toda a terra do Egito por três dias. Não viu um ao outro, e ninguém se levantou do seu lugar por três dias; mas todos os filhos de Israel tinham luz [א֖וֹר ohr] em suas habitações.” Êxodo 10:21-23

Aqui a Torá nos informa de um acontecimento miraculoso histórico. Deus envia trevas sobre o Egito, e trevas “que se apalpem”. Os termos hebraico usado para as palavras “trevas que se apalpem”, são חֹֽשֶׁךְ׃ choshek “trevas”, e, וְיָמֵ֖שׁ vayamesh “que podem ser sentidas e apalpadas” .

O termo חֹֽשֶׁךְ׃ choshek foi o mesmo usado no Gênesis, lá no princípio de tudo, “havia trevas [וְחֹ֖שֶׁךְ vachoshek] sobre a face do abismo” Gênesis 1:2. E Deus fez com que essa regressão descesse sobre o Egito, de tal forma que essas trevas tinham substância, era a regressão da matéria à desordem que havia no princípio.

A vida sem Deus se torna de forma semelhante. Há regressões que a tornam permeada por densas trevas, escuridão e desordem de todos os tipos, que podem ser literalmente sentidas, seja nos campos fisícos ou psicológicos, ou sentimentais.

Em contraste, o texto nos informa que nas casas dos Israelitas havia א֖וֹר ohr, Luz, a mesma luz que ao se manifestar no princípio, trouxe ordem ao caos. א֖וֹר ohr significa luz, e também significa “ordem”.

“Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” João 8:12

Essa é a mesma luz que um dia se encarnou e habitou entre nós, e nos resgatou do reino das trevas para vivermos no reino do Seu amor.

“O qual nos tirou do império das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor;” Colossenses 1:13

A Décima Praga: A Morte dos Primogênitos

“Disse mais Moisés: Assim o Senhor tem dito: À meia-noite eu sairei pelo meio do Egito;

E todo o primogênito na terra do Egito morrerá, desde o primogênito de Faraó, que haveria de assentar-se sobre o seu trono, até ao primogênito da serva que está detrás da mó, e todo o primogênito dos animais.” Êxodo 11:4-5

Um juízo terrível estava para vir sobre Faraó e sobre todos os habitantes do Egito. Era a consequência da desobediência. Desobediência a Deus é pecado, e o pecado gera morte. Deus por nove vezes advertiu Faraó para que libertasse o Seu povo. Mas agora, era chegada a hora da redenção de Israel.

O próprio Deus estava envolvido na sua obra de redenção. “À meia-noite eu sairei pelo meio do Egito”, e a vida dos primogênitos de cada família e até dos animais seria ceifada. Mas o Senhor havia providenciado um livramento para os filhos de Jacó, um livramento por meio do sangue, que já simbolizava que somente pelo sangue do Cordeiro de Deus é que podemos alcançar a vida.

“O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras.” Êxodo 12:5

“E eu passarei pela terra do Egito esta noite, e ferirei todo o primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e em todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou o Senhor.

E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito.” Êxodo 12:12-13

O sinal era o sangue do cordeiro. Nas casas onde havia o sinal do sangue a mortandade passou e não houve dano. A casa é o nosso coração. Se houver o sinal do sangue do cordeiro de Deus em nossos corações, o Senhor passará sem te ferir, e ainda fará nele morada.

“No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” João 1:29

“Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada.” João 14:23

Os Egípcios, cujas vidas foram salvas por José, agora escravizam seus descendentes e irmãos, o povo de Israel. José foi o maior benfeitor que os Egípcios tiveram, ele elaborou e pôs em prática o plano que os manteve vivos durante os sete anos em que houve grande fome na terra. Mas um novo Faraó surgiu, que não conhecia a José, ou mesmo, não lhe interessava saber de sua história, do grande livramento que Deus havia providenciado por meio dele. E se os Egípcios haviam esquecido, Deus, ao contrário, se lembrava de Sua promessa que havia feito aos Patriarcas: "E também…

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4 comments

  1. “Me Lembro Bem, A Primeira Vez Que Te Olhei, Nos Teu Olhos Eu Encontrei, Ternura E Amor, Como Eu Nunca Vi Igual”

  2. Com certeza e a biblia e arma mais poderoza da face da terra

  3. Vanessa Franciosi

    Temos que olhar para trás em nossas vidas para APRENDER. Aprender com os erros e renovar as esperanças com os acertos e com tudo o que Deus fez…. Agora é OLHAR PARA FRENTE… seguir adiante para cumprir a nossa MISSÃO e compartilhar os APRENDIZADOS que o Senhor nos permitiu ter!!

  4. Desta vez Moises estendeu a mao sobre o Egito e por ordem do Senhor surgiu uma praga nos animais em que muitos morreram e grande foi a perda para os egipcios.

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